sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Paulo Ricardo em nova fase musical


Por Alessandro França

Desde os primórdios de 1983, quando iniciou sua carreira musical, o cantor Paulo Ricardo passou por várias fases na música. Sua história com o RPM se resume ao auge do sucesso e aos clichês de Rock and Roll até as derradeiras dissoluções da banda, que ocorreram por anos.

Em 1989, quando lançou seu primeiro trabalho solo, Paulo Ricardo continuou na linha do Rock, anos mais tarde enveredou-se pelo Pop Rock Romântico, com sucessos que emplacaram nas rádios e novelas.

Já em 2016, paralelo ao seu trabalho com o RPM, lançou o CD Novo Álbum, que o cantor define como a nova fase de sua vida pessoal e profissional.

Leia a entrevista concedida por ele ao Blog Revista Nota Musical, no fim do ano passado.

1- O “Novo álbum” pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira solo?
Com certeza, é o começo de uma nova fase, uma nova banda, um movimento em direção a um pop contemporâneo, através da valorização da música.

2- A maioria das faixas do disco foram gravadas no modo “Old Shool” , ou seja,  com todos tocando juntos no estúdio. É a primeira vez que você usa este formato de gravação? Por que a opção de gravar dessa forma?

Gravar em Old School foi algo que eu sempre quis fazer. Esta é a primeira vez que gravo e, além de muito divertido é perfeito para certos tipos de música. Ela nasce orgânica, fluida  e com jeitinho de palco. Adorei!

3- Nas suas apresentações recentes nota-se que tem tocado canções pouco executadas ao vivo, a exemplo das músicas “ A Um Passo da Eternidade” e “Pérola”. Como tem sido resgatar raridades do seu repertório musical?

Minha carreira tem se dividido entre o trabalho solo e o RPM. Agora é hora de focar no solo e buscar continuidade, olhar para trás e trazer unidade ao repertório. Algumas dessas canções estão ressurgindo com uma roupagem completamente diferente no show do trio, o que é muito estimulante. É o caso de A Um Passo da Eternidade.

4- Você é de uma geração em que gravadoras estavam à procura de novos talentos e, na época, havia dinheiro para investir na música. Atualmente com a escassez financeira das gravadoras e pouco espaço na mídia, você acredita que o RPM conseguirá tanto sucesso nos dias hoje?

O RPM foi um fenômeno. Timing perfeito. Não se pode descontextualizá-lo. Mas acho que sim. Foram muitos acertos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Skank apresenta turnê comemorativa em São Paulo



Por Alessandro França

Neste último sábado, a banda Skank trouxe para São Paulo, a turnê comemorativa dos 20 anos de lançamento do cd Samba Paconé, álbum com mais de 3 milhões de cópias vendidas, que está totalmente revisado e conta com canções inéditas, arquivos de gravações e remix. O  sucesso do disco na época, elevou a banda para o mainstream do rock brasileiro.

A apresentação
Conhecidos pelas animadas canções, o grupo não fez feio para o público paulista. Literalmente afiada, a banda ousou e trouxe um caminhão de sucessos que agitou a noite. O vocalista Samuel Rosa interagiu com o público, que respondeu em coro os hits mais populares.

Além do repertório completo do álbum Samba Paconé, vários sucessos do grupo embalaram a noite paulista, dentre eles: “Acima do Sol”, “Vou deixar”, “Amores Imperfeitos” e “Jack Tequila”. A banda encerrou o show com que sabe fazer de melhor: festa!
  
A entrevista
Para falar sobre o lançamento desta edição comemorativa do Álbum Samba Paconé, a equipe do Revista Nota Musical falou com o baterista Haroldo Ferreti, um pouco antes da apresentação São Paulo.

1 - Em que momento a banda decidiu revisar o material do “Samba Paconé”?

Quando vimos que o álbum completaria 20 anos e provocados pelo Fernando (nosso empresário). Assim, passamos um pente fino em tudo que guardamos da época de composição, pré-produção e a própria gravação do álbum.

2 - Como foi o processo de revisão de todo o conteúdo até chegar ao denominador comum de um CD Triplo?

Selecionamos o que achamos mais interessante dessa fase embrionária da produção de um álbum e assim ficou o CD 2. O terceiro foi montado com versões, remixes de algumas músicas, que na época foram lançados nos singles e mandados pra rádios, casas noturnas e dj’s. Nunca foram comercializados. Esse material está no CD 3. O CD 1 é exatamente igual ao que lançamos em 96.

3 - Além do material do Samba Paconé que já está disponível para venda, há mais sombras de estúdio que os fãs possam ouvi-las um dia?
Sim, não só do Paconé, mas de vários álbuns. Nossa ideia é disponibilizar esse material aos poucos para o público. 

4 - O Skank fará um show na Audio Club neste sábado em São Paulo, como é tocar para o público paulista?

Não há muita diferença de público em qualquer parte do país. São Paulo sempre nos acolheu com carinho. O que sinto é que de uma forma geral, as pessoas estão muito interessadas em escutar as músicas do Samba Poconé ao vivo. Os shows que já fizemos com essa turnê foram muito legais e acho que o público de São Paulo vai curtir também.

5 - O que os fãs podem esperar do Skank para 2017?

Vamos seguir com a turnê Velocia e faremos, em algumas cidades, o show do samba Paconé. Talvez, no meio do ano, gravaremos um DVD com o registro do show.


Confira as fotos do show:: aqui
Curta a nossa página no Facebook: aqui






Marcos e Belutti celebram turnê em São Bernardo



Por Alessandro França

Desde os primórdios, a música sertaneja e sua transmutação de estilos arrastam multidões e fazem história na música brasileira.

Deste celeiro repleto de talentos está a dupla Marcos e Belutti, com apenas 8 anos de carreira, já colecionam consideráveis números e muitos fãs. O reflexo deste sucesso está na Internet com mais de 480 milhões de visualizações nas redes sociais.

Os sertanejos estão na estrada divulgando o mais recente trabalho, o Acústico “Tão Feliz” lançado recentemente em CD e DVD. A dupla fez uma parada em São Bernardo do Campo, onde se apresentou na ultima sexta-feira, na Associação dos Funcionários Públicos, com ginásio lotado.

Em duas horas de apresentação, os músicos interagiram com o público do início ao fim, tanto que o cantor Marcos desceu do palco e fez vários selfies com os fãs.

Os sucessos “Poeira da Lua”, “Romântico Anônimo”, “Tão Feliz” e "Domingo de Manhã" não ficaram de fora. O entusiasmo do público era grande, como conta a enfermeira Lucia Braggion:
 “Muito bonito o show, eles são muitos bons! Ouvir a galera cantar lá de trás, arrepia!”

Para quem é fã, o show finalizou com aquele gosto de quero mais.



Há anos que a região do ABC carece de grandes atrações e como alternativa, a população migrava à cidade de São Paulo, em busca de entretenimento.

Apesar da crise, há movimentações neste tipo de mercado. É o caso da “UP Eventos” que tem feito um trabalho interessante de proporcionar atrações para a população do ABC: “Começamos com pequenos eventos para o público jovem, e hoje estamos conseguindo trazer grandes shows para o ABC, desde MPB até rock”, afirma o diretor da empresa Lucas França.

Ainda de acordo com Lucas de França, para 2017 haverá muitas atrações “Há um projeto chamado “Brasil ao Vivo” que será focado mais em MPB e a ação abrangerá todos os finais de semana de um mês inteiro, com grandes nomes da música brasileira, como Roupa Nova, Gal Costa, Ana Carolina, entre outros”.

Confira as fotos do show aqui:




quarta-feira, 2 de novembro de 2016

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

VICTOR E LEO DIVULGA NOVO CD EM SÃO BERNARDO DO CAMPO




Por Alessandro Luiz de França

No dia 20 de janeiro, Victor e Leo apresentou a nova turnê Boa sorte para você, que leva o nome do mais novo trabalho da dupla, no Restaurante São Judas, em São Bernardo do Campo. Esbanjando carisma, os cantores receberam os fãs e atenderam a imprensa para entrevista e sessão de fotos. Nós, do Blog Revista Nota Musical, estivemos por lá e registramos os melhores momentos do espetáculo. Confira!

O público fiel, que mesmo ao enfrentar o trânsito e a chuva, que inundou muitos pontos da cidade, não deixou de assistir ao show: “Caiu um dilúvio de água perto de minha casa. Achei que não chegaria para ver os meninos”, afirma a professora Dolores Araújo.

Canções como: Fada, Vida Boa, Borboletas e consagrados sucessos do mundo sertanejo foram relembrados pela dupla. Com uma banda de primeiríssima qualidade musical apresentou o novo trabalho, que conta com cenário diferente e repertório de compositores renomados. O clima proporcionou a interação e muita energia.

Fotos do show:
http://www.flickr.com/photos/revistanotamusical/sets/72157625913674460/

Confira a nova música de Victor e Léo:
CD Boa sorte pra você
Agradecimentos:
Restaurante São Judas Tadeu - Demarchi

terça-feira, 23 de março de 2010

Temporada de musica percussiva agita o ABC


Por Alessandro Luiz de França

Paralelo ao circuito musical de São Paulo a região do grande ABC propicia muita música e forma um celeiro de bons músicos que acabam indo tocar com diversos nomes da nossa música.

Um exemplo é o trompetista Bocato (morador da cidade de Santo André) que tem em seu currículo uma extensa bagagem de colaborações com profissionais da música.

É o mesmo caso do percussionista Dalua - Sua história não é diferente de seu conterrâneo, a habilidade adquirida para a música possibilitou-lhe tocar com expoentes da MPB como Milton Nascimento, Toquinho, Lenine entre outros.

Durante este mês março, Dalua apresenta - se com sua banda Lado da Lua no Tênis Clube Santo André com a temporada de música percussiva, evento que já teve convidados como Jair Rodrigues, Simoninha e para esta próxima terça - feira(23) contará com a participação do cantor e compositor Jair Oliveira (Jairzinho).

O Blog Revista Nota Musical esteve por lá na ultima terça – feira (16) conferiu uma dessas Apresentações.

O Show
Com casa cheia a banda Lado da Lua proporcionou um espetáculo diferente com repertório eclético de MPB, Rock e Samba misturando instrumentos elétricos, percussão e beribal.

O grupo formado por Dalua (percussão e voz), Emilio Martins (percussão), Elder Costa (guitarra e voz), Marcelo Resende(cavaquinho e voz), Edy Trombone (trombone, bombardino e percussão), Dr. Otávio (contrabaixos acústico e elétrico), não deixou o ritmo da apresentação cair - a temática da capoeira também fez parte do repertório, além de contar com a encenação de capoeiristas algumas canções.

O palco era pequeno, a boa iluminação e a qualidade do som contribuíram para o bom espetáculo. Para quem imagina que essa estrutura caminha com auxílio de gravadora se engana, tudo é feito de forma independente como enfatiza Dalua “Trabalhar de forma independente é difícil, trabalhoso e sobre tudo é um grande aprendizado.”

A dinâmica entre a banda e o público era visível, na metade do show o cantor e compositor Paulo Ricardo foi chamado ao palco para uma participação especial e relembrou canções de Gilberto Gil, Caetano entre outros.

“O publico Brasileiro é sempre carinhoso conosco e aqui no ABC não é diferente. Eu gosto de vir tocar na região sempre que posso e tocar com a banda Lado da Lua será uma experiência muito interessante”. Declarou Paulo Ricardo momentos antes de sua apresentação.

Ao final do show a platéia aplaudiu de pé os músicos. Foi a prova de como a musica é capaz de para entreter e unir estilos diferentes.
Confira abaixo o trecho do Show:

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

São Paulo comemora aniversário com música

Por Alessandro Luiz de França

Na última segunda-feira (25), a cidade de São Paulo comemorou 465 anos. Para celebrar a data, foram promovidos eventos simultâneos em diversos locais da capital paulista. No Parque da Independência não foi diferente, um grande palco foi montado para receber nomes consagrados da MPB: Flavio Venturini, Milton Nascimento e Lô Borges.

O show com entrada gratuita estava com início programado às 15 horas, mas as apresentações atrasaram por duas horas em decorrência da chuva que não deu trégua durante o evento. O público chegou aos poucos (muito fora do normal em dias de espetáculos no parque).

Por volta das 17h, a cantora mineira Érika Machado abriu a jornada musical, mas a banda pecou por conta do nervosismo, ao errar, por algumas vezes, o compasso das musicas. E para complicar, o som não estava muito nítido para o público, dificultando o entendimento das letras.

Na seqüência, o cantor e compositor Flavio Venturini apresentou-se com repertório da sua carreira solo e relembrou os sucessos de antiga banda “14 Bis”. O músico conseguiu se sobrepôs aos problemas técnicos e realizou uma boa apresentação, que contagiou o público.

O momento mais esperado da noite foi a entrada do cantor Milton Nascimento. Com sua voz linear e suave proporcionou um espetáculo que agradou a platéia (que naquele momento já tomava todo o parque) com canções que marcaram a sua carreira, tais como: Coração de Estudante, Canção da América, Maria-Maria e Caçador de Mim.

Durante os intervalos das músicas, a platéia se queixou com o cantor sobre a qualidade do som e ele, por diversas vezes, olhou para os operadores da mesa de som (ironia) pedindo para ajustar o áudio ao público. Apesar deste detalhe, os paulistanos estavam extasiados com a presença do ilustríssimo músico:

“Milton Nascimento faz parte de minha geração e de meus irmãos. Eu fiz questão de vir, é muito bonito vê-lo cantar”, disse o advogado Paulo Luniar Souza.

Para complementar, Milton chamou ao palco o cantor e compositor Lô Borges, que juntos, relembraram os sucessos dos discos Clube da Esquina 1 e 2. Borges cantou sozinho alguns de seus sucessos como a faixa Trem Azul, que foi imortalizada na voz de Elis Regina. Para a empresária Luciana Mayer o tempo de espera compensou:

“Há muito tempo eu queria ver a uma apresentação do Milton Nascimento, ele é sensacional! O Flavio Venturini e Lô Borges são fantásticos”

Após a maratona de shows o cantor Flavio Venturini recebeu o Blog Revista Nota Musical para uma entrevista exclusiva, confira.

1 – Como é tocar para o público paulistano?
A cidade de São Paulo é minha madrinha, mudei para cá em 1974. Apesar de ter tido uma passagem pelo Clube da esquina, em Belo Horizonte, foi em São Paulo que comecei minha carreira profissional e fundamos o 14 Bis. Algum tempo depois, fui para o Rio de Janeiro, mas nunca deixei de visitar São Paulo, sempre gostei demais dessa cidade. O carinho da platéia paulistana é muito especial, é um tipo de público muito interessado, ouve diversos estilos e que gosta da gente e nos dá força!

2- Quais são os projetos de Flavio Venturini para este ano?
Está programado um retorno para o 14 Bis, com a gravação de um DVD. Não será uma volta definitiva, mas um reencontro com meus amigos para comemorar os trinta anos da Banda. Paralelo a isso, devo continuar com a carreira solo e fazer um disco novo, assim que o meu estúdio estiver pronto.

3- Tanto na sua carreira solo como no 14 Bis, percebe-se uma preocupação entre harmonia e letra. Você consegue perceber essa produção nos jovens músicos de hoje?
A formação do jovem de hoje é muito em cima da música melódica, acho que o ritmo tomou conta. É até legal, mas falta um pouco da galera ouvir não só as coisas do Brasil, mas do mundo inteiro que tenha qualidade e melodia. É preciso que as pessoas ouçam as maravilhas que a MPB tem, como todos os estilos. Para um conhecimento amplo do universo dá música se faz necessário ouvir desde o samba, o rock até as músicas populares mais românticas. E se ouvirem, certamente vão gostar!

Confira os trechos do show: